Me sinto.
Estou
No meio
Da multidão.
Meu corpo
O corpo da terra
O corpo do mundo.
Um só lugar.
-
Com as mãos voltadas
Pra cima
Sinto tocar-me
Como pegar-me mesmo
O vento.
Uma coisa não - coisa
Nada - tudo
O vento é como o tempo.
-
Enquanto passeio
A paisagem me afeta
O verde musgo
A água suja no rio
Mato onde não dá pra construir ainda
Mato onde alaga
Mato ocupado
Por bicho por gente
As calçadas finas.
Quebradiças
Tão sensíveis atualizações.
Picadas urbanas.
-
Eu retomando um lugar
Ressentindo sabores e
Esquecendo que era tão bom
Ter voz.
Escutar o pensamento respirar
no seio da madrugada.
A noite me nutre
De seu enigma amoroso.
Eu neste espelho denso
Onde as luzes
Da cidade
Da própria vida
No escuro
Seus brilhos
Me lembram
Você não está sozinho.
domingo, agosto 20, 2017
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