segunda-feira, abril 21, 2008

Corrida

Os gritos eram tão estridentes, tão estranhos, que nenhuma outra coisa podia ser ouvida. E a dor da balburdia era insuportável. Aonde haviam portas de esperança apareceram placas de aviso para a inexistência de caminhos.

A vontade se esvai com o tempo. O objetivo dorme para virar sonho e o sonho transcende em conto e vira fé. O mito perfeito que movimenta o corpo cego pelo caminho que não tem volta. Nada é o ponto final.

Existia apenas a faixa, o marco inicial, que depois de ultrapassados mostram um caminho tão difícil que se torna resistência. Maratona por acreditar.
Nas veias pulsantes de desejo fervoroso corre o sentimento tenro de motivação; rompido pelo do fluxo de impurezas que vêm para acordar o moribundo fervoroso que clama por verdadeira vida.
Onde não há conceito relativo, nem paradigma. Onde há plena compreensão de sentidos e utopia. Fantasia que traja o corpo diariamente, que veste o disfarce para não enganar.
A máscara do não-rosto que não precisa mais expressão latente em alma.
Que corre pra não mais existir.