Impossível
construir estética antes das três da manhã.
Sequer toquei a madrugada, mas
reside uma insensata realidade implicada sob a representação que somente
arranjos não bastam. Quero colher, e some aí o limite. A repressão confessa na
representação. Uma chatice árdua, feito acordar. Compreender que às vezes –
algumas poucas -, registram-se regras que no momento estão aí para acatar. Há
conflitos porque ponho correntes em mim e não soa anormal. É normal estranhar-se
e esquecer-se também nalgum instante, mas o que beira a esquisitice é
justamente não se arranjar consigo a margem de si. Sou eu. A mão e a pedra
cravadas em si. A poeira da porrada e o
escorrido. Tem raciocínios que somem diante da tentação do nada. Talvez esteja
entregue a isto o meu destino. Os modos de concordar e compreender cedem espaços
ao lampejo de qualquer aurora. Desespero esperando brotar flores onde não há
nada fértil semeado. Desespera não ver a primavera. Afoga permitir inundar-se
quando se já esta cheio. A autoimagem confessa diante do espelho de um crime
irrealizado.
Reside uma letalidade na palavra. Mortal é aquilo que não se diz.