quinta-feira, março 31, 2011

É possível uma relação
Anônima entre nós

Porque já me vês
e me notas

Porém, se quer
nunca me tocará.
É preciso pensar até
Alcançar o infinito
Porque o máximo
Que podemos chegar
É perto do impossível.
Despachada a dor
Agora a volta.
E no acúmulo dos atos
Vem cada vez mais
Aguda.

terça-feira, março 29, 2011

Ele tem como ficar lá parado, do outro lado da rua, esperando que alguém vá acenar ou localizá-lo pela simples presença acentuada no terreno. Só porque as linhas são fortes e os adornos chamativos, não quer dizer que o olharão a todo instante, a não ser que esteja sempre em busca dos olhares, implorando com o clarão brilhante dos seus olhos que o que precisa é de um pouco de um estranho carinho; e faz, e encontra e assim que o encontram se surpreendem porque veem nele refletidos as centelhas de um glorioso jovem presente.
Estou me segurando a uma linha,
imensa, enorme,
que nem pesa, que mal sinto.
Quando eu solto, é queda livre.
Se me agarro
é como se ainda
estivesse caindo.
Não tenho porque ficar buscando nas ruelas e nas arestas a surpresa magnânima dos meus dias, pois não aparecerá enquanto olhar focado para o borrão transparente que se afigura na cabeça como destino.
É muito bizarro aqui pra onde viemos. De repente, tudo corre como se fosse preciso chegar antes mesmo do combinado; a espera não está mais em voga ao passo que esperamos o desabrochar das coisas no caminho.
É muito bizarro que ainda não paramos, mas que só estamos num rumo, num fluxo, cegos no escuro mas programando aonde iluminar.

segunda-feira, março 14, 2011

A cada instante a passada se torna mais densa
e meus pés sentem o chão com um pouco a mais de força que outrora,
e então, não me perco porque automático é o movimento Divagar.