segunda-feira, abril 25, 2011

Pavio

Nessa noite
trançado branco
ardendo
em chamas.
Fico, às vezes, imerso nma cadeia de ideias que afundam. Ao passo que tento me encontrar, me afogo.
Fico, às vezes, a ponto de explodir, como se o mundo se alargasse permitindo estender cada parte de meus membros ao infinito.
Hoje sou parte,
amanhã sou o todo.
Nasci fluído e acertei minhas arrendondadas, orgânicas arestas.
Com o tempo quão mais simetria eu encontrar, maior o desafio da fluidez:
rígida, organicamente estruturada.
Mas o quanto ainda posso transitar
entre o fluir e o aparar?
Cruzei minhas vontades com alguns de meus [saciados] desejos. Ainda entendo que é preciso manter-me próximo da casa. Como filho ainda preciso crescer e transpor. Em milhões, não ascenderia: viveria em demora.

Daqui parto seguro das coisas que observei, mas ao mesmo tempo o incerto ainda circunda toda a estrutura: onde há o mistério, existe a vivência da dúvida.
Sinto como se o sol fosse sempre esplêndido ao brilhar no fim de cada ciclo.
Onde o horizonte é tão vasto, distante,
 cada vez o mundo fica mais invisível:
 é possível perder-se no próprio pensamento.
Onde o horizonte é tão vasto, distante, cada vez o mundo fica mais invisível: é possível perder-se no próprio pensamento.
São tantos recortes
que sim, cada vez mais,
a realidade é plural.
O voo aqui parece ficar dentro de uma grande gaiola.
É preciso encontrar quem busca a Liberdade,
não quem a prende: preciso perder-me de mim.
Ao contrário de ser único, agrada-me ser poucos.
Unificar-se ao todo quando não há como abraçá-lo
por inteiro é o grande desafio.
Em meio ao turbilhão acumulado
de vontades e desejos,
transformo-me em objeto
para somente
observar o fenômeno.
Em meio ao turbilhão acumulado
de vontades e desejos,
transformo-me em objeto
para somente
observar o fenômeno.

quarta-feira, abril 13, 2011

Não é possível que o mesmo me referencie como maior,
somos absolutamente iguais exceto contexto.

sexta-feira, abril 08, 2011

Pode ser que o estranho dos seus olhares queira dizer ao desconhecido no seu âmago algo novo, que provavelmente só minha boca conseguirá desvendar; e enquanto seguimos esse caminho curto, às vezes parados a pouca distância, ainda é silêncio.
Na verdade não é - o silêncio já se quebrou, só ainda não ouvi tua fala.

sexta-feira, abril 01, 2011

E é cada vez mais isso: nos olhamos, vemos e enxergamos até entender o que a fala não conseguiria dizer e daí se segue: em silêncio.