Esses teus movimentos calmos e prevísiveis me modificavam a cada instante e tuas batidas contra minha cabeça, faziam de mim um novo escudo, uma nova rocha.
E cada carinho que de leve, me fazias, me trouxe o sentimento puro do sentido da resistência.
E estou resistindo a tuas represálias como uma forte barreira. Não invadirás o meu pouco espaço, já modificado por teus toques suaves que me fizeram enfraquecer e encorajar ao longo do tempo.
Estás sendo o veneno da velhice, desgastando ao pouco a vivência e transformando os restos em poeira húmida. Só lembres que eu sou teu orientador, te guio e te faço desviar dos caminhos que podem representar perigo.
Eu sou o pilar que sustenta tua base e também que emerge para o mundo, te trazendo diferente beleza e te tornando um ponto de busca.
Estes grandes golpes ao qual me submetes em dias negros, não me abalam. Já me acostumei com tua maldade e orgulho. Sei que não agradecestes nunca por um bem que te foi feito. Vejo que vivestes em amargura demasiada e quando querer ser de todos, não és de ninguém.
Pega o teu de volta, mas não me levas junto.
Estivestes transformada em mim como tempestade e não sofri.
E aguarde que ao passar do tempo, serei nada. Serei pó.