Não a
passagem.
Mas a
permanência.
Nem frutos
mas raízes
profundas.
Que dão
vigor à árvore.
Tem uma
mágica o distanciamento:
posso ver a
paisagem.
Os ramos e a
copa.
Mas a vida
continua uma miragem
e é trágica
tua ausência na moldura.
Quero você
no meu sonho.
É grave como
trovoada a dor aguda que
causo ao te
deixar a chuva das lágrimas.
Urgente vivo
e assim descubro
como ser
mais contigo.
Melhora e
brilha meu crânio: se digo estar bem e minto,
nego algo
afirmando outro som escondendo o que sinto.
A vida
aumenta sua demora sem tua presença.
Saltam aos
sentidos dos meus olhos saudosos
os detalhes
de teu corpo: campo bem desvendado.
E reconheço:
não posso, não quero brincar mais com isso.
Estás
inscrito na pedra fundamental do meu coração.
Não há
tempo, água ou memória que retire
o crivo do
teu amor de meu peito.
Por favor,
fica.