domingo, agosto 30, 2009

Distopia

No momento que se transcorre, não consigo ver-me, apenas um tipo de penumbra envolto por calor e som de motor me envolve nesse silêncio tremendo, silêncio do âmago, mas ruído do exterior, o som e a compenetração, as atividades quase mecânicas na sua primordial essência, não conseguiria descrever como as coisas tem parecido nesse instante, em que depois de harmonizar-se com meu ar, conseguir respirar livre de frente para um mundo, que eu agora possa dizer que completei algum ciclo.
O ponto exato para partir dessas lilnhas que se acabaram fora um alerta de linearidade, uma vontade estonteante de ser periódico. E a canção segue, acariciando minha pele eriçada em vibrações sultis, ouvindo vozes de amigos vivendo em outro mundo meus próprios sentimentos.
Quero poder abraçar essa teoria como se fose um presente, uma dádiva de vivência livre, consciente e translúcida, onde todas as idéias são frutos de pensamentos livres, dimensões exatas e racionalidade crua.
Quando vermos que a tua casa não é mais importante do que a minha, só pelo fato de ser sua, o dia em que conseguir ver como todo e não como indivíduo, o dia em que a repetição alcançar a perfeição e o erro adestrar a postura, e não a opressão torcer o pescoço em direção ao horror, o dia em que o dia puder ter luz e sombra e horizonte infinito; esse dia, será o nirvana colossal. A felicidade estampada em todos sob todos os seus aspectos, olhares se cruzando por carinho, todos em uma mesma vertente.

Todos emoção racional



Facades - Part 5 of Glassworks - Phillip Glass