segunda-feira, novembro 26, 2012

E por tão pouco
o sumo quente
nos escorre
por entre o vão ralo.

Mesa

Por mais que o empecilho
Ali onde olho há brilho
Estavando sentado olhando
produzindo o sonho-se juntando.

Uma realidade jogada
Junto com o sutiã
e cueca no amanhã
Conversa-glória batalhada.

Isso é a coisa que percebi em mim
e tem os dois passos
quero ver o que tem nos enlaços
pra eu sair - vai dar-, assim.

Competitiva assumida
a coisa é salutar
bruta batalha, frente na corrida
quem está a beleza exemplar.

Linha

Entre a luz e a sombra
Há uma linha, que esconde
Que reluz por entre onde
os meios perdem-se freios
E eu não sei quê lhe dizer.

As palavras, esses risos
Vontade só minha, meu ser.
Os dados que jogados
buscam, erram.

Olha o erro
trocou a letra
essa é a espera
a coisa toda carne
vermelha da quimera.

Meticuloso se regula o
traço, de ânsia parece erro
mas é esse o produto o
teor;
o elixir, sair daqui
meu amor.

Paleta

O azul das hortências
Combina com o marrom da bosta
Aqui é, proposta experiência
do conviver sem resposta.
Um abuso de quem duvida

Daqueles olhos em súplica e
O rolar da bola
Pega. Ofegante subida.
O azul das hortências
combina com o marrom da bosta.

quarta-feira, novembro 14, 2012

De vista

Tentando, reconheço ser
eu somente fonte e poder.
Sopro forte o clarim
da vontade o alarde, sim!

Já que num cheio céu,
Eu notívago pelas
horas dadas às estrelas
da noite que me é o véu.

Olhos sem saber no brilho
O passado na distância,
Dessa luz tão macia
Do plural, sou um grilho.

Diluído nessa máxima paisagem
daquilo que mim é só passagem,
fundido, corro perigo em dizer
o tempo se propõe a perder.